sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Passando aperto

      Bom leitor, esta historia deve ter acontecido a cerca de uns dois anos, quando meu querido amigo Durães estava na casa do Diogo passando o final de semana. O pequeno detalhe é que Durães é CÚzeirense e Diogo e toda sua família torce para o GLORIOSO Clube Atlético Mineiro.
         Lembro-me muito bem que em um sábado na parte da noite, recebo a ligação do Diogo perguntando se eu animaria de ir para o mineirão assistir ao jogo do Galo no outro dia, e o que ainda me animava ainda mais, Durães estava sendo obrigado a ir ao jogo, pois não tinha ninguém em sua casa e ele não poderia ficar sozinho na casa do Diogo, ou seja, era ir ou ir ao jogo.
         Como não perderia a oportunidade de vê-lo no meio da torcida do Galo, não pensei duas vezes antes de aceitar ir ao jogo no domingo. Chegamos e vimos àquela linda torcida enchendo todo o complexo do estádio. Aquela coisa bonita, um tanto de pessoas suportando um sol, transpirando ao ponto de desidratar-se, podendo ver aquelas beldades espalhadas por todos os lados, podendo ver também todas aquelas pessoas que você fica em duvida se saíram de uma barriga ou do cruzamento de ser humano e chupa cabras. Mas estava tudo valendo a pena, eu iria assistir o jogo do Galo e o melhor ainda ao lado de um CÚzeirense que não teria coragem de abrir a boca para poder falar qualquer tipo de insinuação contra o time.
         Entramos no estádio e procuramos um lugar bem no meio da Galoucura para deixar Durães em situação ainda pior. O jogo foi acontecendo e como de costume toda aquela euforia por parte da torcida ia acontecendo, e deixando Durães pilhado de nervosismo. Como toda a animação que estava sentindo com o jogo e consequentemente com a vitória que o Galo pouco a pouco estava consolidando, Diogo começou a se animar de mais com toda aquela circunstância, e a partir daquele momento, Durães iria passar por uma serie de apertos. Tudo começou a complicar quando Diogo cismou em começar a gritar no meio da torcida do Atlético que Durães era Maria Azul, e assim pouco a pouco vários torcedores começaram a se virar na nossa direção com as caras mais fechadas que eu já pude presenciar tão fechadas, que ate eu que sou Atleticano estava com medo do final daquele jogo. Ate que um sujeito que estava ao nosso lado perguntou ao Durães como uma super educação que prefiro não relatar se realmente ele era CÚzeirense, pois caso ele fosse a situação para ele não ficaria nada agradável. No maior desespero que já pude ver, ele começou a cantar musicas da Galoucura com um amor pela torcida que eu jamais tinha visto.
         No decorrer de todo aquele jogo, ainda o fazemos passar por situações ainda piores, o fizemos comemorar gol, xingar o time do CÚzeiro, ficar de baixo do bandeirão da Galoucura, dentre outros pequenos detalhes, não me esqueço daquele dia, sempre lembrarei do dia em que Durães sentiu o que é ser homem de verdade, o que é uma torcida de verdade. 

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