domingo, 14 de novembro de 2010

A gente se fode, mais se diverte.

        Bom leitor irei relatar sobre um fato que ocorreu comigo e com Glauber á alguns anos atrás, na mesma viajem na qual já citei varias aventuras que ocorreram por lá.  
         Lembro-me que tinha um horário marcado para começar e terminar o café da manhã onde estávamos hospedados. Porem ninguém estava acordado quando o café estava começando a ser servido, quando em um belo dia, eu e Glauber acordamos cedo, tomamos o café e ficamos um olhando para a cara do outro sem nada para fazer.
         Ate que surgi à idéia de ir com os caiaques dar uma volta pela represa (pequeno detalhe, o hotel ficava á margem da represa de Três Marias) o que era normalmente controlado e somente com a autorização da nossa coordenadora, mais como não havia ninguém acordado para pode liberar os caiaques e nem para dizer se podíamos ou não, decidimos por conta própria. Mais o pequeno detalhe é que tentamos dar a volta em toda a represa, o que não era nada pequena, e esquecemos do resto da vida, do resto das pessoas que iriam querer utilizar os caiaques, esquecemos da nossa coordenadora que iria nós xingar de qualquer maneira, resumidamente, esquecemos de tudo e de todos. Só pensávamos em remar por toda a represa.
         Depois de horas e horas que já estávamos lá, Glauber estava querendo que fossemos ate a outra ponta da represa e que explorássemos uma espécie de ilha que havia por lá, ele estava começando a se sentir como na época das grandes navegações, em o descobridor das represas.  Foi ai então que comecei a sentir dores insuportáveis nas pontas dos meus dedos, e que decidi ver o que estava acontecendo. Quando gritei o Glauber pedindo que parasse para poder ver o que estava acontecendo, tirei minhas mãos dos remos e as levantei, foi ai que a vi toda com as pontas roxas, eu estava perdendo a circulação, ali então que o desespero começou a bater, achei que não teria mais forças para continuar remando, achei que iria cair naquela represa e que piranhas iriam acabar com minha vida, achei que já não conseguiria mais ver as pessoas, acho não, eu acho que já estou exagerando um pouco nisso tudo. Mais foi então que falei com Glauber que não iria mais conseguir continuar e que teríamos que voltar, e foi assim que percebemos o tanto que iríamos escutar. Porque quanto mais próximo à gente estava da orla da represa, mais nós escutávamos nossos nomes serem gritados, nossos nomes serem xingados, nossas vidas sendo acabas por causa de um simples caiaque.
         E quando chegamos à orla da represa, escutamos um sermão incansável da nossa coordenadora que alem de falar ate não ter mais voz, foi capaz de nos proibir de andar de caiaque durante o resto dos dias que iríamos ficar por lá, escutamos todos os nossos amigos falarem ate em nossas cabeças e eu vi pouco a pouco eu perdendo movimentos dos dedos e ficando sem circulação, já pensava ate em comprar uma prótese para colocar depois, porem tudo voltou ao normal e eu tive os movimentos todos recuperados.  São assim pequenos detalhes que passo todos os dias com os meus amigos, com os MELHORES.

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