domingo, 7 de novembro de 2010

O GRITO

      Bom leitor, para quem já chegou á ler o texto, “O ano em que fiquei atoa”, sabe que mesmo eu tendo sido reprovado na 8° série, eu acabei viajando do mesmo jeito para o hotel fazenda que era teoricamente para os formandos, e aproveitando uma das melhores viagens da minha vida.
         E agora irei relatar uma das situações inusitadas que ocorreram naquela viagem, irei contar sobre a cena de filme de terror, sobre o grito. Mais um dia estava se finalizando, e como era o combinado todos teriam que estar dentro dos quartos no horário estipulado, com as portas e janelas trancadas para evitar todo e qualquer tipo de problema entre alunos. Mais o único problema é que os piores dos piores, os capetas, os atentados, os sem noção, estavam todos naquela viagem, e o que ainda era pior, todos no mesmo quarto. Então que surge a idéia de armarmos um susto para todos, principalmente para a coordenadora.
         Durante o dia ficamos pensando como poderíamos causar um susto em todos de uma só vez e ainda sairmos sem culpa nenhuma do fato. Ate que o plano maléfico foi pensado em todos os detalhes e programado para á noite, quando todos fossem entrar em seus quartos. O quarto tinha a seguinte construção, uma porta e janela virada para a parte da frente logicamente, porque não existira uma porta de saída na parte de trás do quarto, e a janela da cozinha virada para a parte de trás.
         Quando todos entraram em seus quartos começamos a colocar em execução a operação: O GRITO(tudo bem que eu já esteja me sentindo em uma cena de filme no qual éramos os vilões da historia, mas tudo bem), pensamos em colocar o Glauber para fora do quarto quando tudo já estivesse apagado e ele passar dando um grito super fino, que era de dar aquele frio na espinha em qualquer pessoa, que lembrava muito filmes de terror, quando aquelas pessoas são assassinadas brutalmente. Porém a idéia era de abrirmos a porta para ele, ele passar gritando em frente a todos os quartos, dar a volta e entrar pela janela da cozinha na parte de trás. Só que como eu gosto de ser sacana, enquanto começamos a abrir a porta para ver se não tinha ninguém para ver o Glauber, mais que depressa eu o empurrei para fora e tranquei a porta e janela, deixando-o meio desesperado do lado de fora do quarto sem nem saber o que fazer. Ficamos todos olhando pelo buraco da janela, qual seria a sua reação. E em um dado momento, sem medo nenhum de acabar se ferrando, Glauber começa a correr e gritar loucamente em frente a todos os quartos, e depois, muito mais veloz que o Barrichello (tudo bem que isso não é muito difícil), corre em direção a janela da cozinha que estava aberta propositalmente para o seu retorno ao quarto, ele já entra bagunçando o cabelo, que na época era muito grande, no qual fatalmente o chamávamos de playmobil. Já com o cabelo todo atrapalhado, e com a cara de sono, vamos todos ao lado de fora do quarto, fingindo de bobos e ironicamente fingindo não saber de nada que estava acontecendo e encontramos com toda a turma e com a coordenadora também fora dos quartos, assustados querendo saber o que tinha sido aquele grito.
         E após algum tempo de discussão todos desistiram de saber o que tinha sido tudo aquilo e retornaram cada qual a seu quarto, e nós 6 passamos ainda um longo tempo rindo ate não conseguirmos mais de todos que tinham se assustado com tudo aquilo. E antes que termine este texto, á todos que estavam naquela viagem e se assustaram e que ate hoje não sabiam de verdade o que tinha acontecido, peço-lhes que não fiquem com raiva, foi tudo no intuito de descontrair um pouco as coisas. Hoje todos vocês que não tinham conhecimento, podem ler esse texto e lembrarem-se tudo aquilo como mais uma situação engraçada da vida.     

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