quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mineiros em férias.

         Fatos engraçados começam acontecer no final de ano no estado de Minas Gerais. Todas as pessoas de uma maneira descontrolada querem ter suas férias tão merecidas e suadas de tanto trabalhar durante o correr do ano.
            É ai que as coisas começam a ficar engraçadas. Vamos pegar como um exemplo, a minha viagem de férias. Tudo começou a ser planejado em meados de outubro de 2010, quando surgiu a possibilidade de passarmos alguns dias em Cabo Frio. Com uma possibilidade todos começaram a ficar animados com a idéia, e como mineiro que é mineiro não sabe andar sozinho, minha mãe convidou tio Lucas e Tia Luiza com suas respectivas famílias a irem com a gente. Mais alem de convidar existia o pequeno problema que eles não teriam carro para viajar, foi então que minha mãe ofereceu o carro para eles viajarem, já que estávamos indo no carro do papai, ou seja, de uma maneira ou de outra iríamos viajar. E bem como naquele ditado, mineiro em férias é igual peidar no meio da rodinha,  quando acontece, não fica ninguém, vão todas de maneiras desesperadoras ocupar todo o litoral brasileiro atrás das melhores praias e torrar todo o dinheiro que juntam ou ate mesmo um pouco mais durante todo o ano. Afinal, férias são férias, e na maioria das vezes só ocorre uma vez por ano.
            Então tudo pronto, vamos para Cabo Frio. Passar mais ou menos a bagatela de 8 horas sentados dentro de um carro, deixando a bunda ate quadrada. Mas afinal de contas, para que reclamar? Estamos indo para a praia. E apenas como um pequeno adendo, bicho bobo é mineiro, que é capaz de passar horas e horas dentro de um carro, para pode chegar a uma praia e ficar alguns dias dentro do mar.
            Chegamos então em Cabo Frio, uhul, agora tudo era festa, vamos que vamos, praia em tese assim só pode acontecer uma vez por ano.

Subimos ao apartamento, arrumamos o que tínhamos que arrumar e sem sombra de dúvidas já fomos todos à praia, levando em cosnideração que isso era mais ou menos já quase 7 horas da noite.
Mais pra que perder tempo? Mineiro não perde nada, cambada de farofeiro atoa é mineiro.

            Ficamos algumas horas na praia, quase morreremos afogados de cansaço, e decidimos voltar pra poder tomar um banho e desmontar na cama (agora tente entender, no primeiro dia ficamos horas dentro do carro pra chegar e dormir? Como assim, sem nenhuma lógica isso, mas tudo bem, não vamos levar isso em consideração, afinal estávamos cansados).

           Realmente não tem como entender os mineiros em férias.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Um amor incondicional

Pai e mãe são as únicas pessoas na face da terra que tem um amor pelos filhos que passa de qualquer limite. Penso nas inúmeras vezes que cheguei em casa de madrugada e encontrei minha Linda Mamãe sentada no sofá da sala com o celular na mão esperando para poder apenas me ver chegar em casa, e em alguns casos cheirar minha boca pra ver o que eu estava bebendo ou coisa do tipo, mais isso é somente um detalhe.
Em varias vezes, tem aquela coisa inexplicável e impossível de entender, na qual os pais sempre acabam dando aquele sermão nos filhos depois de alguma noitada, xingando como se o filho tivesse cometido os 7 pecados capitais somente por ter bebido e ter chegado em casa algumas horas mais tarde do que o que foi “combinado”... mas como eles mesmo dizem, eles xingam para o nosso bem, por realmente gostar de nós. Uma frase que minha mãe sempre me diz: “você e sua irmã são tudo que eu tenho, não preciso de mais nada se souber que vocês dois estão bem”. Isso é amor de mãe, e nem a ciência e capaz de explicar.
No meu caso, chego a achar engraçado o modo do meu pai de agir. Muito dificilmente ele demonstra o que esta sentindo ou pensando, desde pequeno eu sempre escutei que ele era assim, porque não queria que perdêssemos o respeito por ele.  Mas acabei ficando mais velho e acostumado a ver meu pai como o meu ídolo que permanece calado durante toda a batalha, mais que no final sempre vai estar ali pra me salvar, e espero que isso dure para sempre.
Mais no final das contas eu penso, minha mãe sempre sendo intermediaria de tudo que acontece e sempre ficando nervosa com tudo que faço, que se responsabiliza pela parte de xingar, de chamar atenção, de falar que estou errado, de me dar o não quando estou muito afim de fazer alguma coisa, de passar pela o papel de chata como ela mesma diz. Mas é ela que sempre quer um abraço carinhoso, que sempre procura pra conversar, que senta varias vezes ao dia para pode rir um pouco comigo, que é A FODA, é a mulher da minha vida, sem duvida nenhuma, é única e insubstituível. E meu pai do seu jeito fechado e sem conversar, mais que sempre quer saber o que esta acontecendo com seus filhos, que sempre quer o melhor do melhor para os dois, que sempre cuida e protege quando precisa, que cuida como ninguém mais saber cuidar, que sem duvida nenhuma também é o homem da minha vida.
Esses dois, cada qual no seu jeitinho único de ser, mostram melhor que qualquer outra pessoa, o amor incondicional.

Obrigado mãe, obrigado pai. Eu Amo vocês.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Sobre ser um.

Eu tive a oportunidade (e quem sabe o desprazer) de conhecer um milhão de faces, algumas boas, e outras ruins.
Conheci primeiro, um menino que brincava, em todas as festas, de pique esconde. Eu me lembro direitinho, apesar de ter sido há anos. O pique era no portão marrom de parentes em comum, e ele sempre ganhava. No meio desses tais parentes, sempre teve muita atenção, e eu nunca entendi o por quê.  Sem eu perceber, o pique-esconde perdeu a graça, e nós crescemos. Conheci  outro menino,  não sei  bem o motivo, mas sempre achei que ele tivesse vergonha de conversar comigo.  Ele não brincava de correr mais, mas escrevia recadinhos em giz na louza verde do quarto ao lado da lavanderia. Os recadinhos foram abolidos, crescemos mais (e juro, foi imperceptível!).  Conheci outro menino,  esse ia em festas e dançava funk, não tinha mais tanta vergonha.  Acho que eu já tinha crescido o suficiente e ele também, nos achávamos “maduros”.
Viajei e conheci outro menino (o melhor deles). Ele não deixava transparecer suas vontades, mas elas ficavam claras quando estávamos a sós.  Ele parecia me proteger, me cuidou. Eu gostava. Ele me surpreendeu e eu tive que ir embora. Ele desapareceu.
Fiquei meses sem conhecer outro menino, até que numa festa, encontrei um moleque. Não conhecia nenhuma ponta dele, mas queria entendê-lo. Eu fiquei curiosa.  Ele namorava e parecia se entregar por inteiro. Devia ser feliz. Eu duvidava. Desapareceu também.
No feriado da independência conheci outro menino. Não gostei dele. Ele não ligava pra nada, na-da. E não era aquele tipo de menino que ligou o foda-se, mas por dentro queria saber o que pensavam. Era daquele tipo que às vezes chega a ser ignorante. Ele bebia. Não que eu tenha alguma coisa contra a bebida, pelo contrário. Mas a bebedeira em que ele se enfiou não me traz boas lembranças. Eu subestimei aquele garoto. Ele me surpreendeu, mas não foi uma daquelas surpresas boas, que você nem precisa estar preparado pra receber. Foi daquelas ruins, que te derrubam. Me decepcionou.
Nunca achei que fases tão diferentes formariam o menino que eu conheço hoje. Difícil, teimoso, mas aberto. Esse tal menino, confesso, me decepcionou quando me disse que não ouvia Beatles e nem lia livros. Ele gosta de Mcs e de não-estudar. Malandro até a morte (ou até a próxima fase).
Esse tal de Evandro e as suas milhões de faces, quem aguenta? 

Produzido por Camila Rocha.